As Margaridas, assim nomeadas em lembrança à sindicalista e trabalhadora rural Margarida Alves assassinada em 1983 diante de seu filho, foram recepcionadas pelas mulheres indígenas. Juntas, no dia 14 de agosto, elas marcharam pela Esplanada dos Ministérios denunciando a constante retirada de direitos das mulheres.
O trabalho retrata um momento histórico da mobilização de mulheres no Brasil, não apenas pela escala territorial de grupos que o evento reuniu, mas também pela magnitude das pautas articuladas.
Mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta e das águas se articularam, levantando bandeiras como a da equidade de gênero, do fim da violência sexista, do direito sobre os próprios corpos, e reivindicando a demarcação de terras, a soberania alimentar, o direito à saúde e educação públicas de qualidade, a defesa da agroecologia e da previdência social.
*Durante a marcha realizei uma ação-intervenção, que compõe uma série em produção desde 2012, na qual eu provoco as pessoas a intervirem em seus retratos Polaroids, escrevendo frases e desejos.